quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Um lugar para os demônios chorarem

nos vendavais de uma noite incólume
risadas ecoavam malignas, sempre distantes
demoniacas, as sombras noturnas cantavam
e cobriam com sua forma, as luzes dançantes

as labaredas eram negras e frágeis
artes proibidas para olhos mortais
sangue em seus açoites horripilantes
e olhos no escuro, sempre vigilantes

antes da queda da noite porém
em seu leito choravam lágrimas de poeira
antes da fatídica noite sem lua então
a melancolia os prendia em coleira

de aço e ferro frio, a corrente era
marcando as cicatrizes de sonhos quebrados
em seus chifres sedentos de memórias distantes
e a dor amaldiçoada por dedos atados

por tantos anos servindo em transparencia
mergulhando profundamente nessa agonia
uma voz ecoando em meio aos gemidos
uma melodia, em perfeita harmonia

ramificações feitas pelo vinho da vida
correndo pelo rio de desejo pecaminoso
em uma imensa sensação de tristeza
o liquido assassino e venenoso

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