Toda a noite sinto-me isolado em sombras
devotado a uma estranha facção de pensamento
se você pudesse ver tal beleza, tais cores que não se pode imaginar
iria repartir metade ou dobrar o sofrimento?
Eu poderia infecta-la com os sórdidos ideais imorais
e as vãs tentativas de embelezar a corda onde estou pendurado
eu tenho vergonha das coisas que ando fazendo
e vejo sangue escorrer, pelos açoites demoníacos castigado
vomito todas aquelas rosas que devorei pela estrada
e vejo todas aquelas pétalas indo embora pela descarga
eu me toco, com más intenções, tentando trazer prazer a essa existência
o amor que eu queria lhe dar, escorrendo pelo ralo, como penitência
poderia dar-lhe a mão, amarra-las em cordas, e saltar para o infinito
tocar o solo no minuto seguinte, como em uma última poesia
entoado último acorde junto ao último momento
o vento nos cabelos e o fim sem agonia
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