segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Dobby

Dobby está lindo e seu pelo cresce rápido como grama. Ele é forte como um touro e rápido como um cavalo, com olhos de águia e faro de um lobo. Mortal como uma serpente, inteligente como uma raposa, grande como um rinoceronte e astuto como uma coruja...
Tá, ele não é nem um terço dessas coisas, mas eu o amo de verdade. Adoro dar comida na boca dele, até mesmo se for chocolate ou alguma outra comida assassina, pois ele fica feliz e isso me anima. 
Ele engasga todas as vezes que eu chego do trabalho, faz xixi para todo o lado, de alegria, e se eu finjo não dar atenção a ele, ele desata a latir. 
Gosto de como o bigode dele fica amassado quando acorda.
Nunca contei como ele veio parar aqui em casa, não?
A minha irmã queria muito um cachorrinho, mas no condomínio em que moramos, isso implica em diversos dilemas, várias formas de ser multado e afins. Mas ela foi na casa de uma amiga e viu o pobre animalzinho lá. Havia acabado de nascer e estava largado em um canto, pois a família não o queria, não lhe davam atenção, amor, carinho... tampouco comida.
Ele estava cabisbaixo, dormia o dia inteiro e chorava sem motivos. A dó foi tanta que resolvemos nos aventurar, compramos ele da mulher. Os pelos nunca haviam sido tosados, estavam completamente embolados, em vários nós, causando uma série de machucados. Os olhos estavam cheios de sujeira, sujeira dura como pedra.
Demos uma geral nele, ou melhor, o petshop deu.
Hoje, os machucados sararam e os olhos estão lindos. Ele é totalmente carente, faz xixi de alegria se é pego no colo.
Mas é lindo, e é meu.

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