quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

No artico

Um potente vendaval soprava na escuridão da noite, carregando consigo alguns e dispersos flocos de neve, que anunciavam a vinda de uma tempestade. Uma tempestade de neve. Ótimo. Disse um homem ao sair de sua pequena casa de concreto para a imensidão incólume e branca das planícies do ártico. Ele era um sujeito novo para sua aparência, de trinta e dois anos, cabelos negros rareando sobre o topo da cabeça, barba sempre cheia no rosto e olhos frios, de um azul profundo. Vestia uma enorme jaqueta vermelha, com o capuz sobre a cabeça e óculos de proteção nos olhos.

O homem era Alexander Patrick, um físico e cientista moderno, conhecido como uma das mentes mais brilhantes do século vinte e um. Estava no ártico a estudo, com sua equipe composta por dez homens e sua esposa Megan, tentando encontrar um estranho meteorito que havia atingido uma das calotas polares da área.

Alexander deu alguns passos para fora da casa, usando suas botas de rede na sola, e esperou o sol se por. Assistir a isso se tornou habito desde que chegara ao ártico. Lá, o espetáculo era formidável.

Após o sol emergir no horizonte e clarear a planície, Alexander olhou para cima, limpando os flocos de neve que se chocava contra seu rosto usando as costas de sua mão, protegida por uma grossa luva de lã cinzenta. Analisou as nuvens no céu pálido e cinzento. Neve, muita neve hoje.

- Sempre acordando antes do amanhecer, Alex. Isso vai te deixar com olheiras! – era a voz Megan as suas costas, aquela voz sempre tão doce.

Alexander virou-se e percebeu que ela já estava pronta.

- Me casei com a mulher certa, graças a deus que você não demora duas horas pra se arrumar. – disse ele abrindo um sorriso. – e, pare de se comportar como a minha mãe!

A mulher também usava o capuz da jaqueta sobre a cabeça, escondendo seus densos cabelos castanhos. Megan era admiravelmente bela, pelo menos para Alexander. Sua pele era branca como a neve sobre a qual pisavam, mas tinha os lábios naturalmente vermelhos. Já seus olhos, eram esverdeados e grandes, sob os óculos de proteção.

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