quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Versos para as sombras

condenado por um juramento sem luz
brilham as faíscas de uma noite eterna
aos pés de uma fogueira de sonhos enegrecidos
na terra esquecida onde o medo governa

preso, perdido, esquecido pelos sonhos
abandonado solitário aos pés da maldição
no escuro, os muitos olhos me perseguem
e para eles vive essa canção

observado, rastejando entre os mundos
na soleira da porta onde tudo começou
uma dança e uma melodia no acorde
é facil sentir quando a musica parou

eles caminham em passos cansados
enquanto a poeira pelo vento é carregada
sem asas quando as costas pálidas se vão
e sua voz pelo temor é calada

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